Carnaval 2024: Alcione será o enredo da Mangueira

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Carnaval 2024: Alcione será o enredo da Mangueira

A cantora Alcione, A “Marrom”, será o enredo da Mangueira para o carnaval de 2024. O convite foi feito pela presidenta Guanayra Firmino na casa da cantora, que aceitou o convite pra ter sua vida contada na Verde e Rosa.

A cantora que é mangueirense e que anualmente desfila pela agremiação Verde e Rosa disse que está muito honrada e emocionada com o convite. “Nunca imaginei tamanha homenagem”, citou Alcione.
O lançamento do enredo e logo oficial anunciado será no dia 28 de abril, aniversário de 95 anos da Estação Primeiro de Mangueira. Em 2023 a escola apresentou o enredo “As Áfricas que a Bahia canta”, desenvolvido pelos Annik Salmon e Guilherme Estevão. A agremiação ficou em quinto lugar.
A CANTORA
Alcione Dias Nazareth nasceu em São Luís, Maranhão, no dia 21 de novembro de 1947. O nome de batismo foi ideia do pai, inspirado na personagem Alcíone, a protagonista do romance espírita Renúncia, psicografado por Chico Xavier. Ela é a quarta dos nove irmãos: Wilson, João Carlos, Ubiratan, Alcione, Ribamar, Jofel, Ivone, Maria Helena e Solange. Alcione tem mais nove irmãos que seu pai teve com outras mulheres.
Alcione fez sua primeira apresentação aos doze anos. O pai foi mestre da banda da Polícia Militar do Maranhão e professor de música. Além disso, foi compositor e entusiasta do bumba-meu-boi, folguedo típico da capital maranhense. Foi ele quem lhe ensinou, ainda cedo, a tocar diversos instrumentos de sopro, como o trompete e clarinete que começou a praticar aos nove anos.
Com essa idade, Alcione tocava e cantava em festas de amigos e familiares, e na Queimação de Palhinha da festa do Divino Espírito Santo. Sua mãe, Filipa Teles Rodrigues, entretanto, guardava o desejo de que a filha aprendesse a tocar acordeão ou piano. Não queria que Alcione aprendesse a tocar instrumentos de sopro temendo que a filha ficasse tuberculosa, crendice comum à época.
Sua primeira apresentação profissional foi aos 12 anos, na Orquestra Jazz Guarani, regida por seu pai. Certa noite, o crooner da orquestra ficou rouco, sendo substituído pela menina. Na ocasião, cantou a canção “Pombinha Branca” e o fado “Ai, Mouraria”. O apelido Marrom, dado pelos integrantes da orquestra de seu pai, surgiu nessa época.
Alcione e Sua ligação com o Carnaval
Alcione visitou a quadra da Estação Primeira de Mangueira pela primeira vez em 1974 e logo foi convidada a desfilar. Na concentração, a ausência de um destaque levou a bela estreante ao alto de um carro alegórico. Desde então, a cantora é membro destacado da escola. Em 1987, participou da fundação da escola de samba mirim Mangueira do Amanhã, e hoje é presidente de honra do grupo.

Em 1989 foi homenageada pela escola de samba Independentes de Cordovil, no então chamado grupo 2, a segunda divisão do Carnaval carioca, com o enredo “Marrom som Brasil”. Posteriormente, em 1994 foi novamente homenageada pela tradicional Unidos da Ponte, desta vez no grupo especial do Carnaval carioca, como enredo “Marrom da cor do samba”.Em 2018, a tradicional escola de samba de São Paulo, Mocidade Alegre, homenageou os 70 anos de vida e os 45 anos de carreira de Alcione, com o enredo “A voz marrom que não deixa o samba morrer”.
Alcione já interpretou sambas de exaltação às escolas de samba: Mangueira, Mocidade Independente, Imperatriz Leopoldinense, União da Ilha do Governador, Beija-flor de Nilópolis e Portela.
A Mangueira, escola do coração de Alcione, homenageará a cantora no carnaval de 2024 como enredo da verde-e-rosa. Era um desejo antigo da comunidade, ainda não realizado por inumeras negativas da própria Marrom.

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