O governo brasileiro organiza uma série de debates em outubro para analisar situações de conflito em várias regiões do mundo e também as missões de paz da ONU em alguns países.

O Brasil assume neste mês de outubro, pela segunda vez, a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A agenda do mês tem vários eventos para analisar, dentre outros temas, os mandatos e missões de paz da ONU.
Nos dias 5 e 6, em Adis Abeba, capital da Etiopia, serão realizados o 8º Seminário Informal Conjunto e a 17ª Reunião Consultiva Conjunta entre o Conselho de Segurança da ONU e o Conselho de Paz e Segurança da União Africana.
Os encontros vão discutir a cooperação entre os dois conselhos e as situações no Sudão, no Sahel, na Somália e no leste da República Democrática do Congo.
O secretário de Assuntos Multilaterais e Políticos do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Carlos Márcio Cozendey, divulgou, por intermédio do Itamaraty, que a delegação brasileira irá apresentar como tema central da presidência provisória a importância das instituições bilaterais, regionais e multilaterais para prevenir, resolver e mediar conflitos. E a audiência sobre essa questão está prevista para 20 de outubro, presidida pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O primeiro será no dia 20 de outubro, para debater sobre a contribuição de arranjos regionais e bilaterais na prevenção e na resolução pacífica de disputas.
Depois, no dia 24, haverá um debate aberto sobre a questão israelo-palestina. E, no dia 25, o tema das discussões será a Agenda de Mulheres, Paz e Segurança, com foco na maior participação de mulheres em questões de manutenção da paz e segurança internacionais.
As reuniões de outubro do Conselho de Segurança da ONU também vão abordar as situações na Colômbia, no Iêmen, Somália, Saara Ocidental e da Região dos Grandes Lagos, na África, além das atribuições das missões de paz das Nações Unidas no Iraque, na Líbia, no Kosovo, no Haiti, na Síria e na República Centro-Africana.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a atuação brasileira na presidência do colegiado reforça as credenciais do país para assumir um assento permanente no Conselho de Segurança.
O Brasil país ocupa uma das dez vagas para membros não-permanentes no Conselho de Segurança da ONU, em um mandato que irá até o fim deste ano. E assume a Presidência do colegiado pela segunda vez desde julho de 2022, no atual biênio.