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STF convoca sessão virtual permanente durante recesso

Jornalistas também foram agredidos durante ato de vandalismo

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, convocou na segunda-feira, 9 , sessão virtual da Corte para atuar até 31 de janeiro, período de recesso judiciário. A medida, inédita no tribunal, ocorre um dia após os atos terroristas que depredaram a sede do Supremo, o Congresso e o Palácio do Planalto.
Com a decisão, a Corte funcionará de forma permanente para que os onze ministros possam julgar questões urgentes que forem protocoladas no tribunal. Os trabalhos presenciais serão retomados em 1º de fevereiro.
Cabe registrar que a Policia Federal (PF) iniciou trabalho de perícia na sede do tribunal, prédio que abriga o plenário e a presidência e utilizou drones e equipamentos 3D para realização do trabalho nas áreas interna e externa. Não há previsão para conclusão do serviço. Funcionários do STF catalogam os objetos que foram alvo de vandalismo. A sede continua interditada. Os anexos 1 e 2 do tribunal, onde estão localizados os gabinetes do ministros e as seções administrativas, não foram afetados e funcionam normalmente.
Jornalistas também foram agredidos durante ato de vandalismo
Quatorze profissionais de imprensa foram agredidos ou tiveram equipamentos roubados durante a invasão dos Três Poderes da república no domingo, 8.
Um repórter do jornal O Tempo, de Belo Horizonte, chegou a ter duas armas de fogo apontadas para ele dentro do Congresso Nacional. Outro repórter da TV Band teve o celular destruído enquanto filmava o ato. Já a repórter fotográfica do Portal Metrópoles, Rafaela Feliciano, foi agredida por cerca de 10 pessoas e teve o cartão de memória da câmera destruído, perdendo todas as fotos.
Também relatou agressão o repórter da EBC, Alex Rodrigues, que cobria a invasão pela Agência Brasil. Alex teve escoriações no pescoço. Todos esses casos foram registrados pelo Sindicato de Jornalistas Profissionais do Distrito Federal.
A presidente da FENAJ, a Federação Nacional dos Jornalistas, Samira de Castro, argumentou que impedir o jornalista de exercer a profissão é uma agressão a toda sociedade e à democracia.
A representante da FENAJ também cobrou que as empresas forneçam maior segurança aos profissionais nessas coberturas de risco.
Devido ao grande número de agressões à imprensa, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, se reuniu com entidades da categoria para discutir a segurança dos trabalhadores. As organizações reclamaram que as investigações de agressão contra jornalistas não avançam no Distrito Federal.
Ficou acordado que o governo federal vai pedir ao interventor do Distrito Federal, Ricardo Capelli, que exija o andamento dessas investigações, além de solicitar que as polícias ofereçam segurança à imprensa durante a cobertura desse tipo de ato.
Eliana Saraiva, com informações do Programa A Voz do Brasil e FENAJ

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