Setembro Amarelo: Suicídio é tema que precisa ser discutido seriamente

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Setembro Amarelo: Suicídio é tema que precisa ser discutido seriamente

Mundialmente, a taxa de suicídio está diminuindo, com a taxa global diminuindo de 36%, diminuições variando de 17% na região do Mediterrâneo Oriental a 47% na região europeia e 49% no Pacífico Ocidental. Mas na Região das Américas, as taxas aumentaram 17% no mesmo período entre 2000 e 2019.


O mês de setembro é marcado por ações de prevenção ao suicídio em todo o país, por meio da campanha “Setembro Amarelo”. De acordo com dados apresentados pela campanha, realizada desde 2014, pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), no Brasil são registrados cerca de 14 mil casos por ano, ou seja, uma média de 38 por dia.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, é a quarta principal causa de mortes, atrás apenas de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, participou do programa A Voz do Brasil e na oportunidade, ela lembrou a importância das famílias prestarem atenção a sinais comportamentais, principalmente em crianças e jovens, que podem levar ao suicídio.
A Ministra salientou que a campanha objetiva alertar a sociedade civil a sociedade a observar os sinais e que neste ano de 2022, a proposta é envolver a família, para que observe possíveis, sinais, comportamentos . Cristiane reforçou que as pessoas que se encontram em depressão necessitam de acolhimento e precisam ser ouvidos. Ela reforça que não se deve ignorar nenhum tipo de sinal, principalmente de crianças e adolescentes.
Segundo ela, a pandemia de covid-19 agravou a situação, sendo responsável por agravamento na saúde mental de todos os brasileiros e tem atingido crianças a partir de seis anos de idade. A faixa etária dos brasileiros que são afetados por tentativas de suicídio ou suicídio é de 11 a 19 anos. O perfil masculino prevalece. E a gente tem se preocupado muito com isso. A ministra frisou que é muito importante abordar questões como suicídio e automutilação. É um alerta.
Entre os sinais que devem chamar a atenção das pessoas, segundo Cristiane Britto, estão isolamento, mudanças na alimentação e no sono, automutilação, autodepreciação, interrupção de planos e abandono de estudo e emprego.
Cristiane Brito chamou atenção para que a qualquer percepção dos sinais, que esses pacientes sejam encaminhados para centros de atenção psicossocial (Caps), os Cras, um hospital, ou profissionais atuantes nas áreas de psicologia , buscando assim evitar problemas futuros, como por exemplo, a tentativa de o suicídio.
O dia 10 de setembro é , oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, entretanto a iniciativa preventiva acontece durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo® é a maior campanha anti estigma do mundo. Em 2022, o lema é “A vida é a melhor escolha!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.
Dados sobre suicídio
O suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.
As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).
Mundialmente, a taxa de suicídio está diminuindo, com a taxa global diminuindo de 36%, diminuições variando de 17% na região do Mediterrâneo Oriental a 47% na região europeia e 49% no Pacífico Ocidental. Mas na Região das Américas, as taxas aumentaram 17% no mesmo período entre 2000 e 2019.
Embora alguns países tenham colocado a prevenção do suicídio no topo de suas agendas, muitos permanecem não comprometidos. Atualmente, apenas 38 países são conhecidos por terem uma estratégia nacional de prevenção do suicídio.
Fonte: Programa A Voz do Brasil /Campanha Setembro Amarelo

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