O ato da filiação ocorreu em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães

Nesta semana, o ex-juiz federal Sergio Moro formalizou sua filiação ao Podemos. O ingresso de Moro ao partido vinha sendo ventilada há um tempo e era dada como certa nos bastidores do mundo político.

Tido como presidenciável, Moro ainda não oficializou se irá disputar as eleições de 2022, todavia, afirmou que seu nome “sempre estará à disposição”. Além da possível candidatura presidencial, fala-se também da possibilidade de Moro disputar uma vaga ao Senado.

O ato da filiação ocorreu em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Segundo o site Poder360, a cerimônia contou com cerca de 400 pessoas, além de autoridades e políticos. Estiveram presentes nomes como Jorge Kajuru (Podemos/GO), Kim Kataguiri (DEM/SP) e Joice Hasselmann (PSDB/SP).

Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Moro não poupou críticas ao atual governo. “Queria combater a corrupção, mas, para isso, eu precisava do apoio do governo e esse apoio me foi negado”, declarou.

Um dos responsáveis por condenar Lula, Moro também fez questão de incluir escândalos associados a membros do atual governo em um rol de exemplos de casos de corrupção: “Chega de corrupção, chega de mensalão, chega de petrolão, chega de rachadinha, chega de orçamento secreto”, disse.

O Podemos nasceu em 2016, porém, o partido foi fundado em 1995, com o nome PTN. Em 2017, o TSE oficializou a mudança de nomenclatura do Partido Trabalhista Nacional para Podemos. Em 2018, a legenda incorporou o Partido Humanista da Solidariedade (PHS).

Nas urnas, o Podemos já lançou candidato próprio à Presidência da República em duas ocasiões: em 1998, ainda sob a sigla PTN, lançou Thereza Ruiz. Em 2018, já com o nome Podemos, o candidato foi Álvaro Dias, que terminou na nona colocação.

Contudo, historicamente falando, a origem do PTN remonta a um partido brasileiro registrado pela primeira vez em 1945. Em 1960, esta primeira versão do partido elegeu Jânio Quadros como Presidente da República.

Texto: Victor Gandin

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