Presente na maioria dos lares brasileiros, o gás de cozinha vem sofrendo aumentos sucessivos ao longo do ano. O percentual acumulado é cinco vezes maior que a variação do IPCA no período. Segundo a FGV o gás de cozinha corresponde a cerca de 1,3 % do orçamento familiar médio do brasileiro. Esse aumento acelerado no preço do botijão vem inclusive alterando o hábito de várias famílias que estão recorrendo ao carvão e a lenha em substituição ao derivado do petróleo.
Visando minimizar esse grave problema social, o Senado Federal aprovou no último dia 19, substitutivo ao projeto de Lei que cria subsídio destinado às famílias inscritas no Cadúnico e que tenham renda menor ou igual a meio salário mínimo. O valor vai corresponder a 40% do preço médio nacional do botijão de gás e será pago a cada 60 dias. A fonte de custeio virá dos royalties de produção de petróleo devidos à União.
O texto agora retorna à Câmara dos Deputados e em não havendo alterações segue para sanção do Presidente da República.
Num cenário de inflação persistente aliado a altas taxas de desemprego, cabe ao Estado amparar as classes mais fragilizadas socialmente. Iniciativas dessa natureza mais do que motivo de reconhecimento é obrigação daqueles que estão no poder para defender e representar os interesses do cidadão brasileiro.