Preços de automóveis em 2022: Demanda permanece nos primeiros seis meses

Prefeito de Araraquara testa positivo para a Covid-19
10 de janeiro de 2022
Matonense se despede da Copinha sem somar pontos
11 de janeiro de 2022
Exibir todos

Preços de automóveis em 2022: Demanda permanece nos primeiros seis meses

Carros Novos: demanda deve permanecer nos primeiros seis meses de 2022

Venda de carros seminovos e usados subiu 17,8% em 2021 ante 2020

No final de 2021 relatos do setor automobilístico registram que o mercado de carros novos e seminovos ficou aquecido durante todo o ano. Entre os meses de janeiro e outubro, as vendas cresceram cerca de 30% em comparação com o mesmo período do ano passado. Com isso, chegou o momento de olhar para o ano novo que se aproxima e projetar como ficará este mercado para 2022.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), não projeta que os preços cairão, pelo menos até meados de 2022 e defende que esse nicho de mercado viverá um momento promissor.

Já para o vice-presidente da Fenauto, José Everton, a queda nos preços dos carros deve ser observada somente no segundo semestre deste ano. Para ele, a redução será “a conta-gotas”, de forma lenta e gradual. Ele defende que nos primeiros seis meses de 2022 a alta demanda deve seguir, mas pode ocorrer uma melhora na questão da oferta de veículos ao longo do ano.

O mercado de automóveis sofre uma crise mundial de oferta e demanda por carros novos. A situação trouxe resultados na comercialização de carros usados e seminovos em 2021 no Brasil. O segmento automotivo vem se recuperando da crise, porém, mudou de perfil, dando espaço para os seminovos. Para grande parte dos consumidores, a sensação de andar em carro novo terá que esperar.

A venda de carros seminovos e usados subiu 17,8% em 2021 ante 2020. Foram 15.106.724 automóveis comercializados. O resultado também é 3,5% superior ao de 2019, ano pré-pandêmico. Os dados são da Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores).

Segundo o vice-presidente da Fenauto. A crise de chips, semicondutores e as paralisações na produção de veículos novos por conta de medidas restritivas para conter o avanço da covid estão entre os fatores determinantes da alta nas vendas em 2021.

A redução de renda de parte da sociedade também é uma explicação para o crescimento da compra dos modelos usados. Muitos tiveram suas rendas reduzidas e/ou perderam os empregos em decorrência da pandemia.

A escalada nos preços foi outro fator do resultado. Os preços subiram até 33,5% entre os carros mais buscados, e 8% entre os menos procurados. A média foi de alta de 22,8% de veículos seminovos. “Foi muito além do que podíamos imaginar”, disse Everton sobre o crescimento de preços.

Com tudo mais alto, os valores do IPVA também deverão encarecer. “Os IPVAs de 2022, todos foram precificados com os valores do fim de 2021, então nós vamos ter uma elevação bem significativa no geral”, afirmou Everton.

O mercado automotivo na pandemia e pós

A compra ou a troca de um bem de consumo de valor elevado como um carro geralmente é pensada e planejada com cuidado. Por isso, com a pandemia, a intenção era de conquistar os consumidores e retomar o patamar de vendas, a Fenabrave disponibilizou um material em que aponta as principais medidas que podem contribuir com este objetivo. O documento traz alguns insights.

● Geração de leads: “Não saberemos como as coisas se desenvolverão no Brasil até que os clientes tenham a oportunidade de voltar às concessionárias, mas precisamos criar algum impulso antes da reabertura. Isso pode ser feito fazendo follow up nos leads colocados em espera, tentando garantir novas vendas onde possível, e pesquisando de forma proativa os clientes atuais”, diz o documento da Fenabrave.

Por isso, para a Fenabrave, é essencial que aqui no Brasil as concessionárias trabalhem junto com seu time de marketing maneiras de conquistar possíveis clientes, fazendo uma primeira divulgação ou contato com essas pessoas que continuaram buscando e pesquisando por automóveis na internet.

● Showroom adaptado: Assim como outros mercados, as concessionárias também precisarão adequar seus espaços físicos. Segundo a Federação, é interessante pensar em colocar menos carros ou, pelo menos, espaçá-los, dando mais possibilidade de circulação. Além disso, aproveitar espaços abertos pode ser uma boa ideia, além de promover sempre o distanciamento entre as pessoas, considerando mesas, balcões de atendimento e outros itens com grande contato.

Outro ponto salientado pelo documento é utilizar as ferramentas online a favor, seja para um primeiro atendimento, mostrando o carro e enviando outros detalhes, seja para uma avaliação online para o carro usado ou a ser trocado, por exemplo. Algumas montadoras e concessionárias também investiram na aplicação de showrooms digitais.

● Entregas sem contato: Efetuar uma entrega sem contato pode ser a preferência de muitos consumidores, mesmo após a pandemia, de acordo com a Fenabrave, pois torna o processo mais ágil tanto para a loja quanto para o cliente. Para isso, é preciso elaborar processos que sejam ágeis, mas que ainda tornem a experiência do consumidor positiva. Isso pode ser utilizado, inclusive, como uma maneira de divulgar um diferencial no atendimento, de acordo com o documento.

Usar a criatividade é a principal pedida, mas alguns detalhes que não podem ser deixados de lado são os de higiene e saúde. Mesmo após a diminuição de casos e falecimentos, a higiene e o distanciamento ainda estarão presentes por um tempo e ter o cuidado com isso precisa estar nas estratégias de compra de automóveis.

Redação: Eliana Saraiva, com informações da Anfavea e Fenauto.

Deixe uma resposta