Porque o cérebro prefere comidas doces e gordurosas às mais saudáveis?

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Porque o cérebro prefere comidas doces e gordurosas às mais saudáveis?

Existem aspectos sociais, além de alguns fatores biológicos, que nos fazem ser pouco resistentes às tentações alimentares

Especialistas investigam se as pessoas conseguiriam trocar uma fatia de torta de chocolate com recheio e cobertura por uma folha de alface. Certamente muitas pessoas são incapazes de trocar, visto que a torta soa mais atrativa, mais rica em sabor e, acima de tudo, mais prazerosa. As pessoas podem até pensar que talvez seja porque a torta tenha mais sabor, mas não é isso que a ciência vem mostrando. De acordo com a agencia Texty, cientistas evidenciam que existem fatores sociais, expectativas relacionadas às comidas doces e gordurosas e os efeitos do açúcar no cérebro, confira.

Nosso cérebro prefere doces

Pouca gente compreende, mas a nossa “fome” de comidas específicas está muito relacionada a um estímulo neural. Dessa forma, estudos recentes demonstram que nossos neurônios tendem a responder com maior animação à comidas açucaradas que a um brócolis. Afinal, as células de açúcar conseguem recompensar os neurônios e nos gerar uma sensação de bem estar.

As pesquisas evidenciam que as refeições mais gordurosas também têm efeito semelhante ao nosso cérebro. Além disso, temos também uma tendência a ficar mais estimulados a comidas bem apresentadas e caras. Assim, o nosso cérebro estará mais predisposto a experimentar um prato de um restaurante sofisticado do que a uma quentinha da esquina. Isso se trata da influência do fator social sobre as nossas escolhas e também sobre os nossos gostos.

Por outro lado, o alimento também é fonte de lembranças e memórias tanto positivas como negativas que podem contribuir, respectivamente, para as preferências ou recusas alimentares. Nesse sentido, a alimentação apresenta também um aspecto psicológico que deve ser considerado na compreensão do comportamento alimentar.

Os efeitos do açúcar no cérebro

Por fim, vale a pena considerar que o açúcar é um poderoso estimulante para a atividade neural. Desse modo, o efeito do açúcar em nosso cérebro pode ser semelhante ao de drogas em relação ao prazer para quem consome. Por isso, é muito comum encontrar pessoas que desenvolveram hábitos alimentares compulsivos e que têm problemas com esses alimentos.

Logo, é preciso pensar na comida para além do prazer e considerar também os seus nutrientes, vitaminas, minerais e afins, já que comer precisa ser algo cuja função não se esgote no paladar, mas sim em nosso corpo como um todo. E só então, conseguiremos estar mais resistentes a essas verdadeiras tentações alimentares.

Portanto, o que as pessoas comem reflete suas características individuais num contexto ambiental maior em que a interação de vários fatores determina não apenas as escolhas, mas também a formação do hábito alimentar.

Por isso que mudar hábito alimentar não é um processo simples de dias ou semanas. O comportamento alimentar humano é complexo e a formação de novos hábitos requer um acompanhamento nutricional não apenas de prescrição dietética, mas, de compreensão das escolhas alimentares. Pois, só assim será possível mudar e construir um novo hábito alimentar.

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