PIB recua pelo segundo trimestre consecutivo e pode comprometer 2022

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PIB recua pelo segundo trimestre consecutivo e pode comprometer 2022

O PIB, Produto Interno Bruto, que é a soma de tudo que é produzido e consumido no país registrou queda pelo segundo trimestre consecutivo. Quando isso acontece, chamamos de recessão técnica. Segundo o IBGE a queda foi de 0,1% em relação ao segundo trimestre. A recessão de fato acontece se esse encolhimento da economia persistir por um período prolongado e afetar vários setores da economia. Por enquanto, portanto, temos apenas a luz de alerta.

A última recessão que tivemos foi em 2020 no auge da pandemia, quando a queda foi de 2,3% no segundo trimestre e 8,9% no terceiro. No segundo semestre houve uma recuperação econômica e o cenário se reverteu.

Analisando os últimos resultados por setores constata-se que o segmento serviços teve crescimento, mas foi anulado pela queda da agropecuária que recuou 8%. Segundo o IBGE a queda é consequência de alguns produtos que tem seu pico de safra no segundo trimestre, caso do café, algodão milho e cana de açúcar. A soja que  tem peso significativo na aferição do PIB também concentra sua produção nos dois primeiros trimestres. Com relação ao crescimento na área de serviços a explicação é que com o avanço da vacinação e consequente aumento da mobilidade e reabertura da economia, as pessoas passaram a consumir menos bens e mais serviços. Com relação à participação da Indústria, essa teve desempenho estável.

Segundo o boletim FOCUS, divulgado pelo Banco Central, o resultado de 2021 coloca em risco o crescimento de 2022 e a previsão é de um crescimento de apenas 0,6% no ano que vem. Os principais adversários do crescimento econômico são o dólar valorizado, inflação e juros altos. Esses fatores  devem continuar enfraquecendo a atividade econômica em 2022.

Para acontecer um cenário mais otimista seria necessária uma forte recuperação no setor serviços com aumento de vagas no comércio, uma boa safra agrícola para aliviar a inflação sobre alimentos, chuvas que afastassem qualquer possibilidade de racionamento de energia e queda no valor do barril de petróleo aliviando o preço dos combustíveis.

Que os deuses da economia conspirem a favor e tornem viável essa tempestade perfeita. O Brasil  agradece.

Sérgio Oliveira – Analista Econômico
Sérgio Oliveira – Analista Econômico

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