O reajuste entrou em vigor nesta terça-feira, 26, para distribuidores
O preço médio de venda da gasolina A da Petrobras, para as distribuidoras, terá reajuste médio de R$ 0,21 por litro, passando de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, que corresponde a uma alta de 7%.
A estatal anuncia ainda que para as bombas de combustíveis, a mudança pode impactar em uma alta de 0,15 por litro. O cálculo considera a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos.
Já o diesel A, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,28 por litro. Nas bombas, essa variação pode chegar a uma alta de R$ 0,24 por litro, o equivalente a 9,15%
A Petrobras informa que o cálculo leva em conta a mistura obrigatória de 12% de biodiesel e 88% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos.
O comunicado desta segunda-feira, 25, vem a público após 17 dias do último reajuste anunciado pela companhia, em 8 de outubro, quando a gasolina foi reajustada em 7,19% e o gás de cozinha, em 7,22%.
Defasagem dos preços
Mesmo com o aumento anunciado nesta segunda-feira, 25, cabe destacar que ainda existe uma defasagem dos preços no Brasil em relação ao mercado externo. Até hoje de manhã, essa defasagem chegava a 21% no caso da gasolina e de 19% no caso do diesel, segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura. Isso significa dizer que novas altas ainda poderão ser anunciadas.
Também cabe destacar que existe a perspectiva de que o Petróleo continue se valorizando, já que os maiores produtores das comodities têm dado sinalizações de que não vão aumentar a oferta no mercado global.
Bolsonaro disse que não irá interferir em preços
No domingo, 24, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em entrevista conjunta com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou que haveria novo reajuste no preço dos combustíveis, entretanto salientou que não irá interferir na tabela de preços. O presidente da República , em relação ao novo reajuste, frisou que é preciso acompanhar o preço do barril e o comportamento do dólar.
Ao comentar sobre a situação do aumento do combustível e sobre a Petrobras, Bolsonaro afirmou que “não vai interferir no preço de nada” e que há conversas sobre “o que fazer com ela [Petrobras] no futuro”, citando o monopólio da exploração do petróleo por parte da empresa.
Texto: Eliana Saraiva, com informações da Petrobrás/ Casa Civil