Pedidos de justiça em favor à Moïse Kabagambe ainda é latente

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Pedidos de justiça em favor à Moïse Kabagambe ainda é latente

Rivais no futebol se unem em solidariedade e pedem justiça. Imigrante congolês assassinado em janeiro era flamenguista, mas crime levou o Vasco a se manifestar. 

O jovem congolês Moïse cruzou o Oceano Atlântico em 2011 fugindo da fome e da guerra em busca de dias melhores junto com a família e se fixaram no Brasil. Uma das paixões nacionais logo foi adotada por ele: o futebol. Declarado flamenguista, vestia a camisa rubro-negra para se sentir mais brasileiro e chegou a trabalhar como ambulante no Maracanã. Entretanto, seu final foi triste, comovente e, sobretudo, injusto. 

Moïse Kabagambe foi assassinado no Rio de Janeiro em 24 de janeiro de 2022, espancado até a morte por três homens. A sessão de espancamento foi registrada por câmeras de vigilância e mistura o que pode ser considerado um resumo de racismo, intolerância, violência. O jovem havia ido até o quiosque onde trabalhava na Barra da Tijuca cobrar por salário atrasado.

A morte do congolês Moïse Kabagambe ainda inquieta muitos; dentre estes jogadores brasileiros. O crime contra o imigrante congolês de 24 anos gerou uma onda de comoção que despertou a solidariedade no meio do futebol brasileiro – até mesmo entre rivais. No dia seguinte ao crime, o mundo da bola se juntou na luta por justiça. O clube do coração de Moïse prestou solidariedade. O atacante Gabigol, ídolo do congolês também se posicionou.

O apoio não parou por aí, já que muitos outros times e atletas também abraçaram a luta. Mas um deles foi além, mostrando que a rivalidade dentro do campo pode dar lugar à parceria fora dele. Pioneiro em questões sociais como a inclusão dos negros no futebol, o Vasco lançou um manifesto em defesa dos imigrantes e refugiados.

“O Vasco quer estar sempre do lado certo da história. Não faz por promoção, e sim porque é o certo a se fazer”, disse Horácio Lopes Rodrigues Junior, vice-presidente de Responsabilidade Social e História do clube cruzmaltino. 

Na última semana de fevereiro, o clube recebeu em São Januário um amistoso entre uma seleção de refugiados e outra de brasileiros. O evento objetivava promover a Copa do Mundo de Refugiados e Imigrantes, que acontece a partir de agosto, mas a surpresa se deu na entrada das equipes ao gramado. Como forma de carinho, os jogadores carregaram uma faixa pedindo justiça pela vida do congolês.

Em carta publicada, o Vasco ressalta que casos como os de Moïse Kabagambe são ilustrativos das condições enfrentadas por pessoas que desejam oportunidades de vidas melhores e mais seguras. E se o esporte é um espaço de mudança da sociedade, o combate ao racismo e à xenofobia devem estar entre as prioridades de um clube que se orgulha de seu histórico de responsabilidades diante do mundo. 

Cabe registrar que a morte do congolês Moïse Kabagambe ainda inquieta a muitos e protestos por sua morte ainda são registrados em todo o Brasil. A família aguarda por justiça. 

*Com Créditos fotográficos de : Foto reprodução Vasco da Gama e Foto reprodução Redes Sociais. 

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