Ômicron: cientistas revelam novos sintomas da nova variante da Covid-19

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Ômicron: cientistas revelam novos sintomas da nova variante da Covid-19

Os sintomas da Ômicron são mais semelhantes ao de um simples resfriado do que com os sintomas clássicos de Covid-19

A variante Ômicron foi relatada pela primeira vez na África do Sul no final de novembro de 2021 e logo se tornou uma cepa de preocupação da Covid-19. A nova variante é responsável pelo aumento de casos da doença, principalmente na Europa, fazendo países como a França quebrarem os recordes de infecções.

A Ômicron ainda é muito recente e diversos estudos estão sendo produzidos sobre a cepa e seus diferenciais, entre eles, o ZOE COVID, que em dados preliminares conseguiu elencar os sintomas mais comuns causados pela variante.

A pesquisa concluiu que os sintomas da Ômicron são mais semelhantes ao de um simples resfriado do que com os sintomas clássicos de Covid-19. Entre os sintomas relatados estão: dores musculares, cansaço, garganta arranhando, coriza, dor de cabeça e espirros. Em alguns poucos casos também foram relatados febre baixa e tosse seca.

De acordo com Tim Spector, professor de Epidemiologia Genética do King’s College London, à frente do ZOE Covid, esses são sintomas comuns em pessoas que receberam as duas doses da vacina contra a covid e que receberam doses de reforço. “Muitos deles tiveram náuseas, temperatura leve, dor de garganta e dores de cabeça”, disse ele.

Os pesquisadores afirmaram que apenas metade dos pacientes que testaram positivo para variante Ômicron apresentaram os sintomas comuns da Covid-19, como febre e perda de olfato e paladar.

De acordo com informações do jornal Daily Express, pacientes que estavam com o ciclo vacinal completo e se infectaram com a cepa Ômicron da Covid-19 relataram enjoos e perda de apetite.

Estudos apontam ainda que a nova variante, apesar de mais contagiosa, é menos grave que as anteriores. A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido aponta que pessoas infectadas pela Ômicron possuem entre 50% e 70% menos chances de precisarem de cuidados hospitalares.

No entanto, especialistas alertam sobre a importância de continuar a se prevenir contra a Covid-19, completar o ciclo vacinal e buscar atendimento médico e realização de teste no caso de qualquer sintoma.

Gripe ou covid?

A gripe ou síndrome gripal geralmente causa febre de início súbito, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: dores de cabeça, muscular ou articulares. Em crianças, principalmente, ainda são comuns coriza e obstrução nasal.

No caso de influenza causada pelo novo vírus em circulação no Brasil, o H3N2, da cepa Darwin, os sintomas são os mesmos, porém, com a possibilidade de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que é a dificuldade ou desconforto para respirar. Esse último sintoma é especialmente mais comum em idosos e imunocomprometidos.

Esses casos de H3n2 estão mais frequentes porque a atual vacina contra a gripe não engloba essa cepa. Ainda assim a vacina continua sendo importante, pois protege contra os outros subtipos de gripe.

Já nos casos de covid-19, os sintomas têm mudado desde o início da pandemia, por conta das diferentes variantes que surgiram. Inicialmente, a Organização Mundial da Saúde considerava a febre, tosse seca, cansaço e perda de paladar e olfato como sintomas clássicos.

Com o surgimento da Delta, além da febre e tosse persistente, foram observados coriza, espirros e dor de cabeça e garganta. Características semelhantes à gripe sazonal. A perda de paladar e de olfato já não aparecia como antes.

Agora, com os recentes casos da Ômicron, variante que espalha com mais facilidade, o padrão sintomático alterou mais uma vez.

Segundo a médica Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul, que cuidou dos primeiros pacientes com a nova cepa, dores musculares, de cabeça, cansaço extremo e mal-estar por 1 ou 2 dias foram as queixas mais relatadas. Os infectados pela Ômicron também não apresentam perda de olfato e paladar.

É possível pegar gripe e covid simultaneamente?

Embora as chances sejam mínimas, ela existe, segundo a pneumologista Margareth Dalcomo, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Ambas as doenças são de fácil contagiosidade. A cepa Ômicron tem uma capacidade de espalhamento muito superior às cepas anteriores”, disse a médica. “O correto, o desejável, diante da suspeita, é que alguém seja testado para a covid-19 e para o vírus da Influenza A”, afirmou.

A forma de prevenir qualquer uma dessas doenças continua sendo o uso de máscara, álcool gel e distanciamento social, além, claro da vacina.

Redação: Eliana Saraiva, com informações da Ciência e Espaço News/FIOCRUZ

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