Ministério da Saúde decide não recomendar quarta dose da vacina contra covid

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Ministério da Saúde decide não recomendar quarta dose da vacina contra covid

Argumento de Queiroga é que ainda não há dados científicos que comprovem a necessidade desse reforço

O Ministério da Saúde decidiu na sexta-feira, 11 não recomendar a quarta dose de vacina contra a Covid para a população em geral. O argumento é que ainda não há dados científicos que comprovem a necessidade desse reforço. Após reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI), na sexta-feira, o Ministério da Saúde Marcelo Queiroga decidiu que não vai recomendar a quarta dose de vacina no Brasil.

A alegação , segundo Queiroga, pauta-se no entendimento de que não há pesquisas científicas com dados suficientes que embasam um novo reforço de imunização para pessoas que não sejam imunossuprimidas. O comitê também analisou o cenário epidemiológico atual do país antes de chegar a esta conclusão.

Ainda de acordo com técnicos que compõem o comitê técnico, neste momento não deve ser aplicada a quarta dose porque as pessoas que tomaram duas doses e o reforço, ou seja, estão com o esquema vacinal completo, continuam muito bem protegidas contra a Covid- 19 e o agravamento da doença.

Em contrapartida, o governo de São Paulo anunciou que vai começar a aplicar a quarta dose a partir de 4 de abril para pessoas acima de 60 anos, com previsão para começar a aplicar a quarta dose a partir do dia 4 de abril. Logo após o anúncio do Governo do Estado de São Paulo, a pasta federal definiu seu posicionamento.

O coordenador-executivo do Comitê Científico do estado de São Paulo, João Gabbardo, analisou que há evidências e experiências de outros países que mostram um benefício da dose extra de vacina para os idosos. Já a nota informativa com o posicionamento oposto por parte da CTAI ainda será publicada, com previsão de novos debates para semana que se inicia em 14 de fevereiro. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já havia comentado o assunto na mesma direção contrária à quarta dose.

“Essa ansiedade em querer aplicar essa quarta dose sem evidência científica também não ajuda o enfrentamento a pandemia. É fundamental avançar na dose de reforço. Tenho dito e reitero. O Comitê Técnico que apoia o Secovid (Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19) está analisando todas essas questões. Quando houver evidência científica suficiente, o grupo técnico irá orientar”, disse o ministro.

Para esta semana, a pasta recomendou dose de reforço contra a Covid-19 para adolescentes imunossuprimidos. Em nota técnica, a pasta orienta que o esquema primário de vacinação desse grupo deve ser feito com três doses — primeira, segunda e a dose adicional — com intervalo de oito semanas entre elas. Após a conclusão desse esquema, é recomendada ainda uma dose de reforço quatro meses após a terceira dose (ou dose adicional).

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