Matonense Aldo José Zarbin foi condecorado com a “Ordem Nacional do Mérito Científico”

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Matonense Aldo José Zarbin foi condecorado com a “Ordem Nacional do Mérito Científico”

Evento ocorrido no dia 12 de julho no Palácio do Planalto marcou a reparação histórica a pesquisadores que tiveram honraria revogada. Presidente Lula também convocou a Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação. Na oportunidade, 22 cientistas brasileiros foram agraciados.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na quarta-feira, 12 de julho, no Palácio do Planalto, da solenidade de entrega da Ordem Nacional do Mérito Científico. Em um gesto de reparação histórica, o presidente e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, entregaram a medalha a entidades e pesquisadores, entre eles a médica sanitarista Adele Benzaken e o infectologista Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda, que tiveram a honraria revogada pela gestão anterior, em 2021. Em repúdio, outros 21 cientistas renunciaram à indicação na época. Este mesmos cientistas foram agraciados na solenidade da última quarta-feira.
Dentre eles, Aldo José Zarbin, matonense, professor de Química da UFPR e filho da Professora Leyle Gorgatti Zarbin e Arlindo Zarbin recebeu a Ordem Nacional do Mérito Cientifico, sendo este, juntamente com mais 21 cientistas consagrados como título de Comendador da Ciência.
O evento marcou ainda a retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT). Órgão de assessoramento do Presidente da República, o CCT é o principal fórum de debate com a comunidade científica, a sociedade e o setor produtivo sobre a Política Nacional de Ciência e Tecnologia. A última reunião ocorreu em 1º de agosto de 2018. Ainda na solenidade, Lula assinou decreto convocando a realização da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, prevista para o primeiro semestre de 2024.
Para Aldo Zarbin a comenda foi um dia especial. “Emoções advindas de lugares diferentes resolveram se misturar sem nenhum aviso prévio. Sou fruto da educação e da ciência brasileira. Formei-me em uma Universidade Pública, onde também fiz mestrado e doutorado com bolsa de uma agência federal (CNPq). Pelos últimos 25 anos tento retribuir ao povo brasileiro aquilo que dele recebi, formando estudantes em todos os níveis (graduação, mestrado, doutorado) em uma Universidade pública, e fazendo ciência. Gosto muito do meu trabalho. Muito significa muito mesmo. Sou apaixonado pelo meu trabalho, sinto prazer em trabalhar todos os dias, e sei que faço algo relevante para o país. Desde o começo, só tinha essa ambição: trabalhar direito, poder me divertir no trabalho, fazer o que precisa ser feito, formar novos cientistas (que venham a ser melhores que eu sou), e principalmente, poder fazer desse trabalho um instrumento para um mundo melhor, para diminuir desigualdades, para possibilitar mobilidade social, para sonhar com um país mais justo e soberano. Por algum motivo, fui recompensado com muito mais que jamais pude sonhar, com conquistas inimagináveis, culminando ontem com receber do meu país, do Estado Brasileiro, a maior honraria que um cientista pode almejar a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico”.
Em seu post em suas redes sociais, o Cientista declarou que desde sua tenra idade. Suas inspirações vieram de nomes como Chico Mendes, Darcy Ribeiro, Leonel Brizola, Padre Júlio Lancelloti, Mariguela, Dom Paulo Evaristo Arns, Che Guevara, Chico Buarque, Jesus Cristo, José Saramago, as avós da Praça de Maio, Leonardo Boff, Pepe Mujica, Nelson Mandela, Betinho, e particularmente, dentre tantos outros, Luiz Inácio Lula da Silva.
Aldo relata que conheceu Lula aos seus 14 anos, em 1982, quando ele foi ele candidato a Governador de SP no final da ditadura militar, e ele presidia o Centro Cívico da EEPSG Henrique Morato, em Matão. “De lá pra cá, lendo sobre sua história e acompanhando sua trajetória política, fui ficando cada vez mais impressionado com sua incrível capacidade de compreensão das coisas. A derrota para o Collor em 1989 foi um dia de extrema tristeza, e ainda me lembro das lágrimas que verti (em sentimento oposto), quando da sua posse como Presidente em 2002. Estive na vigília “Lula Livre” no período negro que se abateu sobre a liberdade do Brasil, e ainda hoje me impressiono com a capacidade de resiliência desse homem. Lula hoje é a personalidade mais importante do Planeta, o maior estadista vivo, e sem dúvida a pessoa mais inteligente, capaz e conciliadora que conheço”, escreveu Aldo.
Ainda sob a emoção da condecoração recebida, Aldo cita em sua rede social : “Recebi das mãos do Presidente que mais investiu em Educação, em Ciência e Tecnologia, a Comenda da ONMC. Ter recebido seu abraço, ter registrado fotos com Lula, acalentou minha alma. Na conversa rápida que tivemos (lembrei a ele nosso encontro em Matão, em 1982) vi seus olhos brilharem, o que me causou mais emoção que qualquer outra coisa. Junto com colegas cientistas, que muito mais do que eu mereceram a mesma condecoração, ouvimos esse homem sofrido pedir que fôssemos otimistas como ele é, e que o ajudássemos a transformar de novo nosso Brasil. Ouvimos uma aula de política e de competência. E eu, ainda aqui, sem saber direito o que pensar disso tudo. Hoje, ainda no calor dos acontecimentos, só penso em agradecer. Agradecer aos meus pais e ao meu irmão; agradecer aos meus professores, todos eles, e em especial ao meu orientador no mestrado e doutorado, Prof. Oswaldo Alves, que infelizmente nos deixou recentemente; agradecer minha casa científica, o Departamento de Química da UFPR, que está no DNA da ciência que faço; meus filhos, que me dão ainda mais motivo para lutar para melhorar o mundo; minha esposa, meu amor, que transforma tudo em beleza; meus colaboradores , pois não se faz ciência sozinho; e fundamentalmente, todos os meus alunos que compartilharam meus sonhos e minhas loucuras, e foram (são) os grandes responsáveis pela ciência que faço. Viva a democracia, o respeito, a liberdade, os sonhos, a utopia. Viva a ciência, a educação. Viva! “, finaliza Aldo Zarbin .
Registramos que O Portal Matão Informa utilizou como fonte para esta matéria, registros de fotos pessoais do cientista Aldo Zarbin. Oportunamente registramos nossos cumprimentos pela honraria recebida.

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