O IPCA que é o índice oficial da inflação no Brasil fechou o mês de junho em 0,67%. Houve aceleração em relação ao mês de maio que ficou em 0,47%. No acumulado do ano o índice está em 5,49% e nos últimos doze meses em 11,89%.
Segundo o IBGE a alta de junho foi puxada pelos alimentos que subiram 0,80%. Esse segmento tem forte peso na apuração do IPCA contribuindo com 21,26% do resultado final. Dos nove grupos que compõe a base de cálculo, todos sofreram acréscimo nos preços. O mercado aposta numa desaceleração de preços no segundo semestre, principalmente pela redução da alíquota do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo. Combustíveis e energia elétrica tem forte pressão sobre os preços uma vez que impactam toda a cadeia produtiva. A expectativa é que em julho ocorra deflação, que é o fenômeno inverso da inflação, isto é, os preços caem ao invés de subirem. A última vez que ocorreu esse processo foi maio de 2020.
Boletim Focus dessa semana estimou a inflação para o ano em 7,96%, uma redução em relação à semana anterior que era de 8,89%. Para 2023 o mercado projeta uma inflação anual de 5,01%
Considerando-se que em economia as mudanças ocorrem de maneira muito imprevisível, principalmente num cenário de grande volatilidade que vivenciamos em todo o planeta fica a expectativa que bons ventos impulsionem nossa economia para momentos de pleno crescimento.