Holocausto – As “vítimas esquecidas” do regime nazista

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Holocausto – As “vítimas esquecidas” do regime nazista

27 de janeiro é o Dia Internacional da Memoria do Holocausto


No dia 27 de janeiro é celebrado o Dia Internacional da Memória do Holocausto. Essa data foi escolhida porque marca o aniversário da libertação de Auschwitz — o maior campo de concentração e extermínio nazista, ocorrido há 79 anos.
A instituição desta data tem por objetivo educar e conscientizar o público sobre o que foi o Holocausto e homenagear oficialmente todas as vítimas do regime nazista.  Entre essas vitimas estão seis milhões de judeus e milhões de polacos, eslavos, ciganos, homossexuais e pessoas com deficiência. Além desses, outro grupo perseguido foi as Testemunhas de Jeová.
Testemunhas de Jeová
Declaração de renúncia à fé que as Testemunhas Jeová eram obrigadas a assinar para serem libertadas
Ao se recusarem a jurar lealdade ao partido nazista ou a servir ao exército, cerca de doze mil Testemunhas de Jeová foram forçados a usar um triângulo roxo e foram colocados em campos de concentração, onde lhes foi dada a opção de renunciar a sua fé e submeter-se à autoridade do Estado nazista. Entre 2 500 e 5 000 pessoas foram mortas. O historiador Detlef Garbe, diretor do Neuengamme Memorial, em Hamburgo, Alemanha, afirma que “nenhum outro movimento religioso resistiu à pressão para se conformar com o nacional-socialismo com unanimidade e firmeza comparáveis”.
O professor Detlef Garbe, ex-diretor do Memorial do Campo de Concentração de Neuengam-me, disse: “As Testemunhas de Jeová, que foram submetidas à perseguição implacável no Terceiro Reich, estão entre as chamadas ‘vítimas esquecidas’ do regime nazista. Durante décadas, elas foram ignoradas […] apesar de um número considerável de Testemunhas de Jeová terem sofrido perseguição e morte.”
De acordo com o historiador Abraham Peck, os judeus eram vítimas do Holocausto sem opção e os testemunhas-de-Jeová, por opção. Segundo Peck, “A perseguição nazista contra as Testemunhas de Jeová visava à erradicação da religião. Por conseguinte, as Testemunhas de Jeová recebiam dos nazistas a oferta de liberdade, caso renunciassem à sua fé. A maioria das Testemunhas preferiu sofrer e enfrentar a morte junto com as outras vítimas do nazismo a apoiar a ideologia nazista de ódio e violência”.
Ben Abraham, escritor e jornalista nascido polonês e naturalizado brasileiro, passou cinco anos e meio em campos de concentração, onde conheceu pessoalmente Testemunhas de Jeová. Ele disse: “A diferença entre as Testemunhas e todos os prisioneiros é que, se renunciassem à sua fé e se comprometessem a denunciar os outros que praticavam a mesma crença, seriam soltas na hora. Mas preferiam permanecer presas a renunciar à fé”.
“As Testemunhas de Jeová foram o único grupo cristão sob o domínio do Terceiro Reich a ser identificado com um símbolo de prisioneiro separado: o triângulo roxo. Elas foram perseguidas apenas por causa de suas convicções religiosas”, diz Carlos Eduardo Shishido, porta-voz das Testemunhas de Jeová. “Os nazistas ofereceram liberdade se elas renunciassem à sua fé cristã e apoiassem o regime. No entanto, elas foram corajosas e se apegaram aos valores cristãos — lealdade a Deus e amor ao próximo.”
Alguns dados sobre a perseguição às Testemunhas de Jeová pelo regime nazista:
• Das cerca de 35 mil Testemunhas de Jeová na parte da Europa ocupada pelos nazistas, em torno de 13.400 foram perseguidas pelo regime;
• Cerca de 11.300 foram presas;
• Umas 4.200 foram enviadas para campos de concentração;
• Mais de 1.250 eram menores de idade;
• Cerca de 600 crianças foram tiradas dos pais à força pelo governo nazista;
• Pelo menos 72 Testemunhas de Jeová foram mortas por eutanásia;
• Ao menos 548 (algumas menores de idade) morreram por execução ou homicídio;
• No total, cerca de 1.600 Testemunhas de Jeová morreram por causa da perseguição;
• Estima-se que 6 mil Testemunhas de Jeová foram detidas em prisões ou campos de concentração durante a época do Holocausto.
O Holocausto
O Holocausto foi o assassinato em massa de minorias consideradas “inferiores” pelos alemães nazistas. Entre as vítimas estavam principalmente judeus, mas outros grupos também foram alvos, como homossexuais, ciganos e doentes mentais.
Logo após a chegada dos nazistas ao poder na Alemanha e a escolha de Adolf Hitler como chanceler, os judeus sofreram perseguições, como o fechamento de suas lojas e as prisões sem nenhuma justificativa. Muitos foram encaminhados para os campos de concentração, onde foram submetidos a condições desumanas e mortos nas câmaras de gás. O holocausto resultou no extermínio de mais de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha. O genocídio foi uma drástica medida adotada pelo governo nazista, que pretendia acabar com todos os grupos étnicos não pertencentes a raça ariana (branca).
Para mais informações sobre o tema, acesse o site jw.org
Fonte:Carlos Eduardo ShishidoPorta-voz das Testemunhas de Jeová (ceshishido.portavoztj@gmail.com) e Regiane Cabrera Priosti (Departamento de Informação ao público)

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