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Fertilizantes: Brasil busca novas parcerias para atender o mercado local

Ministra Tereza Cristina irá ao Canada ainda esse mês 

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse neste sábado,5,  que se houver um fechamento das exportações de fertilizantes por parte da Rússia e da Bielorrússia, o Brasil poderá ter alta de preços. “Se houver um fechamento mais radical nesses dois países, nós podemos ter preços mais altos. O preço já subiu no Brasil, subiu no mundo”, afirmou a ministra.

“É muito importante acompanharmos isso bem de perto. Se essa guerra terminar logo, teremos uma reacomodação desse mercado. É importante a gente ter uma coisa mais robusta também do Canadá, nessas importações para o Brasil. O Brasil é o maior importador de fertilizantes do mundo, então, como grande consumidor que é, tem um grande interesse nesses países,” acrescentou.

A ministra, após conversar com o embaixador brasileiro na Rússia, Rodrigo Baena Soares na sexta-feira, 4 disse que um navio já embarcou para o Brasil com fertilizantes. “Então temos que esperar. Está todo mundo angustiado, todo mundo preocupado. É um problema, mas nós temos um estoque de passagem de fertilizantes e não tivemos nosso fluxo interrompido. Temos preocupações? Temos, porque as sanções que virão podem atrapalhar, e muito, já que aqueles dois países, Rússia e Bielorrússia são grandes fornecedores de potássio e uréia para o Brasil”, explicou. “Mas temos que ter muita calma, pois há outras opções, têm fertilizantes chegando de outros países no Brasil”, tranquilizou.

Viagem ao Canadá

A ministra anunciou na última quarta-feira (2) que irá ao Canadá tratar da importação de potássio, que é utilizado como fertilizante agrícola. Ela manifestou a preocupação com os impactos da invasão da Ucrânia pela Rússia em conversa com jornalistas.

“Estou indo dia 12 para o Canadá. Essa viagem já ia acontecer, mas foi confirmada agora, que temos conversa mais firme com nosso maior exportador de potássio. Quero deixar uma mensagem de equilíbrio. A safra brasileira desse momento, a safrinha, já está acontecendo. O que precisava de fertilizante já plantou”, afirmou. “O plano A é buscar outros parceiros, que a gente terá que importar quantidades menores, mas serão importantes.”

Tereza Cristina também afirmou que o “plano B” seria realizar ações em propriedades rurais para estudar formas de uso mais eficaz de fertilizantes. Ela ainda considerou uma possível alta no preço dos alimentos, mas disse que o ministério está acompanhando para “diminuir os impactos”.

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