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Fapesp: Seminário apresenta avanços científicos sobre o transtorno do espectro autista

Evento virtual integra o Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação e reunirá cientistas da USP, Unifesp e Mackenzie

Pesquisadores de universidades paulistas apresentam nesta segunda-feira (27/09), durante o Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação, avanços obtidos em estudos genéticos e comportamentais sobre o transtorno do espectro autista (TEA). A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que uma em cada 160 crianças no mundo seja portadora de algum grau de TEA.

O encontro virtual integra o Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação, parceria entre o Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e a FAPESP que tem por objetivo divulgar à sociedade em geral e aos legisladores e gestores públicos os avanços das pesquisas científicas financiadas com recursos de impostos. A transmissão será feita das 15h às 17h, pelo canal da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) no YouTube. As inscrições devem ser feitas pela página do evento.

Uma das palestrantes é Maria Rita Passos Bueno, professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) e pesquisadora do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP. Ela apresentará os principais fatores genéticos de risco para autismo, as diferentes abordagens utilizadas para responder a essas questões e o impacto desses achados para o diagnóstico precoce do TEA.

A professora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP) e pesquisadora da Plataforma Científica Pasteur-USP Patrícia Cristina Baleeiro Beltrão Braga mostrará os avanços do “Projeto A Fada do Dente”. Desenvolvido na USP por meio de uma ONG, ele busca entender os mecanismos biológicos do autismo e ajudar na busca por novos tratamentos. A pesquisa utiliza células da polpa do dente de leite de crianças com autismo.

“Existem menos conexões entre os neurônios dos autistas e há uma inflamação no cérebro, que pode ser controlada in vitro com uma medicação, produzindo melhora no funcionamento dos neurônios”, diz a pesquisadora.

Segundo Cristiane Silvestre de Paula, professora da pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pesquisadora do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mais de 50% das crianças com TEA têm questões atencionais que costumam prejudicar seu aprendizado.

“Nosso estudo comprova a eficácia do programa computadorizado de treinamento de atenção [CPAT] na melhora do desempenho acadêmico em leitura, escrita e matemática entre crianças com TEA que receberam de 13 a 16 sessões do programa”, conta. “As crianças que participaram do CPAT também apresentaram melhoras nos domínios de atenção e cognição em comparação aos colegas do grupo controle.”

A pesquisa de Rinaldo Voltolini, da Faculdade de Educação da USP, tem como foco a formação de professores e a inclusão. Para ele, a educação inclusiva fez surgir tanto uma nova realidade institucional quanto uma nova perspectiva de trabalho escolar. “Com a criança autista e sua particular forma de sociabilidade e aprendizagem, o desafio é o de criar e agenciar dispositivos escolares de modo que sua escolarização se dê de modo efetivo”, afirma.

O evento será apresentado por Karina do Carmo, diretora-presidente do ILP, e mediado por Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP. O deputado Roberto Morais (Cidadania) fará saudação em nome da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Fonte: Agência FAPESP

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