Estudo com mais de 60 empresas propõe retomada de embalagens retornáveis

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Estudo com mais de 60 empresas propõe retomada de embalagens retornáveis

A pratica para manuseio de embalagens plásticas descartáveis podem estar com os dias contados. Um novo estudo da Fundação Ellen MacArthur destaca os potenciais benefícios da adoção de embalagens plásticas retornáveis para bebidas, alimentos, produtos de cuidado pessoal e itens de alimentos frescos.
Dados do relatório “Desbloqueando uma Revolução no Reuso” apontam para uma nova realidade, ou seja, a embalagem reutilizável é considerada uma das maiores oportunidades para reduzir a poluição por plásticos, se os cidadãos voltarem a usar embalagens reutilizáveis em vez de modelos de uso único. Se esta pratica se tornar realidade é possível alcançar uma queda de cerca de 20% na quantidade total de plástico despejada anualmente para o oceano até 2040.
A pesquisa foi desenvolvida em colaboração com mais de 60 organizações, entre elas o Banco Europeu de Investimento, WWF, Greenpeace, PNUMA, governos nacionais, especialistas em reúso e grandes marcas e varejistas como Amazon, L’Oreal, Danone, PepsiCo e Unilever.
TRANSIÇÃO
De acordo com Sander Defruyt, Líder da Iniciativa de Plásticos na Fundação Ellen MacArthur, aumentar a reutilização será uma transição significativa e não acontecerá da noite para o dia. Defruyt argumenta que será necessário haver mais pesquisas e esforços iniciais para tornar os modelos de retorno em larga escala uma realidade. Ele defende que nenhuma organização sozinha pode impulsionar toda a mudança; ou seja, será necessário um esforço colaborativo de empresas, formuladores de políticas e instituições financeiras. Em sua opinião, a união empresarial , juntamente com cidadãos civis podem iniciar a revolução no reúso e colocar o mundo no caminho para enfrentar a crise do plástico.
Ben Jordan, Diretor Sênior de Política Ambiental da Coca-Cola, comentou que a reutilização é um tema complexo com muitos elementos diferentes em jogo – fazer isso em diferentes mercados globais é ainda mais complexo. Em sua fala, ele pondera que a modelagem proposta neste relatório inclui cenários ambiciosos para embalagens retornáveis que exigirão tempo, medidas políticas que garantam as condições adequadas e colaboração intersetorial para serem concretizadas. Jordan frisa que os modelos de recarga têm um papel importante a desempenhar para aumentar a reutilização.
Segundo ele, o objetivo global da The Coca-Cola Company é o de aumentar a reutilização e trabalhar com outras empresas para ampliar esta prática.
IMPLEMENTAÇÃO
Um modelo baseado na reutilização parece, sim, ser uma luz no fim deste túnel plástico que o planeta caminha. Entretanto, não se trata de uma medida de simples implementação. Segundo a Fundação, a simples reciclagem não resolverá a poluição plástica e a crise dos resíduos – entretanto, as embalagens reutilizáveis por si só também não resolverão. É preciso uma união de esforços – e os benefícios do reúso superam quaisquer outros.
A concretização deste potencial exigirá uma grande transformação e uma grande mudança em relação ao atual modelo de utilização única. A começar pela infraestrutura necessária (recolhimento, triagem e limpeza), passando por mudança geral de mentalidade. “Será uma grande transição com investimentos significativos e adaptação das cadeias de abastecimento”, afirma o estudo.
Eleonore Blondeau, gerente de Novos Projetos, Eternity Systems, emitiu um parecer sobre o tema , afirmando que a economia circular em escala só será possível graças a uma abordagem ecossistêmica que inclua ações públicas e privadas, locais, nacionais e internacionais. Na medida em que se redesenha um modelo de produção e consumo, é necessário ter todos à volta da mesa para obter a coerência com os desafios ecológicos e, ao mesmo tempo, combinar custos, higiene e segurança.

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