Cultivo do cacau é destaque no interior de São Paulo

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Cultivo do cacau é destaque no interior de São Paulo

Atividade comum no norte e nordeste do Brasil vem crescendo aos poucos no interior paulista, em especial na Região de São José de Rio Preto. Produtores encontraram alguns desafios, mas não desistiram

Pensar em produção de cacau, matéria-prima do chocolate, é enxergar que esta é uma realidade somente nas regiões norte e nordeste do país, entretanto , esse cenário não mais único. Há 40 quilômetros de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, é época de colheita do cacau.
As primeiras mudas de cacau foram plantadas há nove anos na fazenda em Tabapuã (SP). Hoje, a plantação é formada por 70 mil pés.
A colheita é toda feita de forma manual e requer atenção, pois cada fruto necessita de atenção diferente, uma vez que a maturação não se dá ao mesmo tempo. Na mesma árvore, uns frutos ficam no ponto bem antes que outros.
Cada pé tem rendido em média 20 unidades por vez, metade da quantidade ideal. A atual safra sentiu o impacto do clima e a geada do ano passado atrapalhou.
O cacau é colhido durante o ano inteiro, mas existem dois picos de safra: o primeiro vai de abril a junho e o segundo, de outubro a dezembro. Depois da colheita, as sementes do cacau passam por um processo de fermentação que dura aproximadamente uma semana. É quando as sementes se transformam em amêndoas. Depois, elas são trazidas para uma estufa, onde permanecem a uma temperatura de 50 ºC por mais sete dias para a secagem. E, então, as amêndoas saem prontas para comercialização.
O cultivo do cacau no estado de São Paulo dá os primeiros passos. As áreas cultivadas na região noroeste paulista são novas. Essa é uma atividade que conta, por enquanto, com cerca de 20 produtores e 200 hectares de cacaueiros.
Em uma fazenda localizada no município de Tanabi (SP), por exemplo, são 17 hectares de cacau. O plantio foi feito há um ano para diversificar o negócio e teve um investimento de R$ 30 mil por hectare.
Como o cacaueiro começa a produzir com três anos e durante este tempo, é preciso de água. Por isso, a área é toda irrigada e o manejo não é tão complicado se comparado a outras frutas, como a laranja. A fruta é uma das commodities agrícolas com maior valor agregado atualmente, mas conta com perfis de oferta e demanda concentrados em poucos produtores. Com isso, diversificar esse mercado tem sido um desafio.
O cultivo tem se expandido no estado com novas técnicas. Além disso, o Projeto Cacau São Paulo, do Governo Estadual, tem dado assistência a quem pretende cultivar o fruto em áreas não tradicionais.
Os produtores do estado de São Paulo estão expandindo . Todas as áreas cultivadas no noroeste do estado são bem novas, mas vêm atraindo muitos investidores. Atualmente, 15 municípios já possuem áreas com cacau. Na região, já são mais de 200 mil pés da fruta. Aos pouquinhos, o estado vai tentando entrar no mapa do cacau no Brasil.
Projeto Cacau SP
Idealizado pelo grupo técnico da CATI Regional de São José de Rio Preto, o projeto Cacau SP fomenta a produção do fruto por meio do Projeto Consórcio Cacau e Seringueira, também executado pela CATI, desde 2014. A produção em sistema de consórcio permite o fortalecimento das atividades agrícolas de forma sustentável, já que se trata de um cultivo integrado. O sistema ainda se utiliza da bananeira para sombreamento das mudas e mais uma alternativa de renda.
O projeto visa cinco frentes de atuação: Inovação, Tecnologia, Produtividade, Rentabilidade e Sustentabilidade. De acordo com a CATI Regional São José do Rio Preto, a cacauicultura é uma atividade de alto valor econômico, com potencial para promover rápida amortização do capital investido e rentabilidade, com grande impacto no desenvolvimento sustentável nas áreas social, econômica e ambiental, nas regiões onde for instalada.
ABICAB e AIPC
As associações presentes apresentaram propostas relacionadas à difusão de conhecimento sobre o cacau. Por meio de seminários em regiões próximas aos produtores e divulgação de conteúdo que informe a sociedade acerca da relevância da cacaicultura em São Paulo, a Secretaria e associações acreditam que podem contribuir para o avanço do cacau no estado.
Eliana Saraiva com informações do Globo Rural e ABICAB

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