Em Matão existe o Núcleo De Prevenção a Violência, que objetiva prevenir e coibir a violência doméstica, cujo trabalho é feito entre a Prefeitura, Poder Judiciário, Polícia, Ministério Público, Hospital “Carlos Fernando Malzoni”, Conselho Tutelar.
Na noite de terça-feira (23) de novembro, o Conselho Comunitário de Segurança de Matão (CONSEG), na pessoa de seu presidente o Sr. Osmar Inoscêncio da Costa, realizou um evento, no Sincomercio, seguindo todos os padrões sanitários de segurança, com a presença do prefeito Cido Ferrari e diversas autoridades. Com a finalidade de ampliar conhecimentos e fomentar o debate sobre o tema “Feminicídio”, contou com a palestra proferida pela investigadora da Polícia Civil, Rosimeire Pereira. Ela trouxe informações aprofundadas sobre o assunto, além de apresentar possibilidades práticas, a serem desenvolvidas no município, frente a essa questão social.
“Gostei muito do teor do debate que tivemos aqui hoje e da palestra sobre o feminicídio, pois assim podemos juntar forças e parcerias para a realização de políticas públicas, a fim de oferecer oportunidades as mulheres, que sobrevivem em situação de violência, de maneira que consigam ter autonomia, sendo tratadas por equipes multidisciplinares de saúde”, considerou o prefeito Cido Ferrari.
Em Matão existe o Núcleo De Prevenção a Violência, que objetiva prevenir e coibir a violência doméstica, cujo trabalho é feito entre a Prefeitura, Poder Judiciário, Polícia, Ministério Público, Hospital “Carlos Fernando Malzoni”, Conselho Tutelar.
Trata-se de um Núcleo de Prevenção a Violência, mantido pela Prefeitura, que realiza atendimento a crianças, adolescentes e adultos vítimas de violência nas suas várias formas, na área de psicologia e fonoaudiologia, através de encaminhamentos do Conselho Tutelar, delegacia da Mulher, entre outros.
Do início do ano até agora, a Polícia Civil atendeu 14 ocorrências de mulheres que “estariam” sendo agredidas pelos companheiros e foram conduzidos até a Delegacia. O mês de maio deste ano, teve o maior número: foram 18 ocorrências, enquanto que o mês de julho, tiveram 6 ocorrências. Mas, o número de chamadas, sem encaminhamentos a Delegacia, dobram em relação aos que são lavrados ‘Boletins de Ocorrências’.
O homem agressor também precisa de tratamento psicológico
Para a palestrante Rosimeire Pereira, até mesmo o homem que violenta, precisaria ser tratado nos aspectos social e psicológico, pois a agressividade e violência são indicadores de que este sujeito apresenta um distúrbio emocional ou até psiquiátrico, que a depender do caso, após o tratamento, pode até mudar o comportamento, diante da violência contra a mulher.
A investigadora informou ainda que existem aplicativos (APPs) para a mulher pedir socorro no momento em que estiver sendo agredida/violentada, que podem ser baixados no celular: o ‘SOS mulher’ e o ‘Juntas’. Ela pode também pedir a um (a) advogado (a) que faça a denúncia, em nome dela, em vez de lavrar o B.O. na Delegacia.
Mecanismos e ferramentas de tratamento e combate a violência contra mulher
A palestrante Rosimeire Pereira, sugeriu que sejam implantadas no município práticas semelhantes ao que se conhece como “Constelação Familiar”, cujo programa realiza ‘roda de conversa’ e ‘escuta ativa junto’ às mulheres vítimas de violência doméstica, tratando fragilidades emocionais e encorajando-as para a autonomia e empoderamento.
Distrito de São Lourenço do Turvo
De acordo com o presidente do CONSEG, Sr. Osmar Inoscêncio da Costa, a próxima reunião sobre o tema ‘Feminicídio’ será realizada em São Lourenço do Turvo, no início do próximo ano de 2022.
Fonte: AIP