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CBF, ex-jogadores e políticos prestam última homenagem a Dinamite

Velório acontece na segunda-feira, 9 e será aberto ao publico; o jogador será sepultado na terça-feira, 10, em Duque de Caxias

No Domingo, 8, os amantes do futebol perderam mais um ídolo : de Roberto Dinamite, maior ídolo da história do Vasco e um dos maiores nomes do futebol brasileiro faleceu, aos aos 68 anos, vitima de um câncer no intestino. Ele internado no último sábado (7) em um hospital do Rio de Janeiro após apresentar piora no quadro. A sua morte foi confirmada às 10h50 deste domingo. Como forma de homenagear o maior ídolo de sua história, o Vasco declarou luto oficial de sete dias.
O mundo futebol prestou homenagem ao ex-jogador, com manifestações de clubes, atletas e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O presidente da República Luiz Inácio da Silva, que é torcedor da equipe de São Januário, foi outro a se pronunciar.
Em postagem em seu perfil nas redes sociais, a CBF lembrou a passagem de Dinamite pela seleção brasileira, pela qual disputou as Copas de 1978 e 1982 e marcou 25 gols: “Com pesar, a CBF lamenta a morte de Roberto Dinamite, um dos maiores atletas do futebol brasileiro. Pela seleção brasileira, o ex-jogador marcou 25 gols e foi artilheiro no vice-campeonato do Brasil na Copa América de 1983. Ele também disputou as Copas do Mundo de 1978 e 1982”.
O Atleta
Carlos Roberto de Oliveira, o Roberto Dinamite, maior artilheiro da história do Cruz-Maltino e jogador com mais jogos pelo clube. O ex-atacante ainda detém as marcas de maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, com 190 gols, e do Campeonato Carioca, com 279. Não à toa, ele tem uma estátua atrás de um dos gols de São Januário.
Pelo Cruz-Maltino, Dinamite foi campeão do Campeonato Brasileiro de 1974, dos Cariocas de 1977, 1982, 1987, 1988 e 1992, das edições do Troféu Ramón de Carranza em 1987 e 1988, dentre outros.
O ex-atacante ainda detém as marcas de maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, com 190 gols, e do Campeonato Carioca, com 279. Não à toa, ele tem uma estátua atrás de um dos gols de São Januário. Ao longo da carreira, ele também vestiu as camisas do Barcelona, da Espanha, da Portuguesa, do Campo Grande e, claro, da seleção brasileira.
Fora das quatro linhas, Dinamite elegeu-se vereador em 1992, pelo PSDB. Em 1994 se elegeu deputado estadual, cargo que ocuparia ainda por mais quatro mandatos. Também foi presidente do Vasco por duas gestões, entre 2008 e 2014.
Roberto ganhou o apelido de “Dinamite” devido ao Jornal dos Sports, mas há versões levemente diferentes. André Garone, no livro “1898 em diante”, porém, mostra que Roberto já era chamado de Dinamite antes do episódio narrado pelo ídolo vascaíno. Ele mostra trecho de uma matéria do Jornal dos Sports que citava “‘Roberto, agora chamado de Garoto Dinamite, não recebeu aplausos apenas pelos gols” antes mesmo do duelo com o Internacional.
Campeão brasileiro, Dinamite foi promovido ao elenco profissional no início da década de 1970 e se tornou um dos principais nomes do Vasco na conquista do Brasileiro de 1974. Com faro artilheiro, fez gols importantes e a relação com a torcida cresceu, vieram conquistas com a do Carioca de 77, e a identificação com o clube ficou ainda mais forte com o passar dos anos.
Um dos gols que marco uma geração foi marcado em um clássico com o Botafogo, no Carioca de 1976. Na jogada, ele recebeu da direita, matou a bola no peito, deu um lençol no zagueiro Osmar e finalizou com uma espécie de voleio. O gol, aos 45 minutos do segundo tempo, garantiu a vitória vascaína de virada por 2 a 1 e ficou conhecido como “O Gol do Lençol”. Muitos o classificam como o gol mais bonito do Maracanã.
Em 1980, Dinamite foi vendido ao Barcelona, da Espanha, mas pouco após a estreia, houve uma troca no comando técnico e o brasileiro perdeu espaço. Neste cenário, o Flamengo, presidido por Márcio Braga, procurou o atacante. Após certa pressão da torcida, o Vasco foi ao Velho Continente e o repatriou.
Roberto Dinamite ficou no Vasco até 1989, marcou inúmeros gols e se afirmou como maior ídolo do clube. Em 1989, com 35 anos e em meio à chegada de outros nomes para a posição, ele acabou emprestado à Portuguesa e participou de uma das grandes campanhas da Lusa no Brasileiro. Neste período, ainda viu o “nascimento” de Dener, de quem seria companheiro posteriormente no Cruz-Maltino. Dinamite ainda retornaria à Colina. Em 1991, após o Brasileiro, o Vasco fez mudanças no grupo e o então atacante foi para o Campo Grande.
Seleção brasileira
Roberto Dinamite disputou as Copas de 1978 e 1982, além de outros torneios. A última participação com a amarelinha foi em 1984 — mesmo em boa fase no Vasco, acabou não sendo convocado para a Copa de 1986. A aposentadoria Dinamite parou em 1993, pelo Vasco, e o adeus aos gramados aconteceu em um amistoso contra o La Coruna, da Espanha, em partida que Zico, maior ídolo do Flamengo, vestiu a camisa cruz-maltina.
Dinamite também teve um currículo na política. Em 1992, se elegeu vereador no Rio de Janeiro pelo PSDB. Em 1994, venceu a corrida para deputado estadual, cargo este onde se reelegeria em mais quatro pleitos. A partir de 2002, passou a concorrer pelo PMDB. Idolo do Vasco, Dinamite também foi presidente do clube por dois mandatos, entre 2008 e 2014. Neste período, conseguiu o acesso de 2009 e conquistou a Copa do Brasil, até então inédita no clube, em 2011. Porém, terminou em baixa com o rebaixamento de 2013 e uma campanha irregular na Série B de 2014, mas que terminou com a vaga na elite.
Estátua Em abril de 2022 o Vasco inaugurou uma estátua em homenagem a Roberto Dinamite, que fica atrás de um dos gols de São Januário e de frente para a torcida. O evento contou até mesmo de rivais, casos de Zico e Júnior, que fizeram questão de prestigiar o amigo de longa data.
Velório de Dinamite será em São Januário e aberto ao público.
Os fãs de Roberto Dinamite poderão se despedir do ex-jogador a partir das 10 horas (de Brasília) de amanhã (9). Velório aberto ao público vai durar nove horas, entre 10h e 19h de amanhã. Na manhã de terça-feira (10), entre 9h e 10h, o velório segue no estádio apenas para familiares e convidados. O corpo estará no campo, próximo à estátua de Roberto Dinamite. Dinamite morreu aos 68 anos, hoje, de causa não divulgada, após mais de um ano tratando tumores na região do intestino. Após o velório, o corpo de Dinamite será levado em carro dos Bombeiros ao Cemitério Nossa Senhora de Belém, em Duque de Caxias. Ele será sepultado ao lado dos pais. O cortejo parte de São Januário às 10h30 de terça-feira, 10 de janeiro.
Fonte: Lucas Marcelino, com informações do Vasco da Gama

Jornalista Lucas Marcelino
Jornalista Lucas Marcelino
Jornalista MTB: 0081473/SP

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