Também conhecidas como e-wallets ou digital wallets, as carteira digitais representam uma parte significativa de como as pessoas fazem pagamentos na atualidade e estão cada vez mais presentes na rotina dos brasileiros.

De acordo com a pesquisa Global Insights da Experian, divulgada em maio deste ano, 67% dos brasileiros entrevistados usaram carteiras digitais nos últimos 6 meses e 87% afirmaram que consideram a ferramenta segura. O estudo ouviu 6 mil consumidores e 2 mil empresas de 20 países.
Segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em 2022 as carteiras digitais serão responsáveis por 28% do mercado de meios de pagamento em todo o mundo.
O potencial das carteiras digitais está diretamente relacionado ao crescimento do uso de meios eletrônicos de pagamento, que, no Brasil, deve avançar em torno de 21% e movimentar mais de R$ 3,2 trilhões em 2022, de acordo com a Abecs, associação que representa o setor.
A transformação digital, impulsionada pela pandemia de Covid-19, abriu caminho nos últimos anos para uma maior digitalização da economia, o que se refletiu em maior acesso do consumidor às inovações em pagamentos eletrônicos.
É nesse contexto de mudança contínua e aperfeiçoamento das tecnologias de pagamento e segurança que a carteira digital vem ganhando cada vez mais destaque.
Conceito
A carteira digital é, em linhas gerais, uma plataforma virtual que armazena dados de cartões de crédito e débito com o objetivo de acessá-los nas transações feitas em lojas físicas e virtuais. É, portanto, uma maneira de usar o meio eletrônicos de pagamento sem a necessidade de estar com o cartão físico ou ter de informar o número e o código de segurança, por exemplo.
A e-wallet pode ser acessada por meio de smartphones, smartwatches, além de outros dispositivos inteligentes, e foi idealizada para funcionar como a versão virtual de uma carteira física, agregando segurança e praticidade para realizar pagamentos presenciais e online.
Como usar a carteira digital para pagamentos
Na prática, fazer pagamentos com os recursos armazenados em uma carteira digital é bastante rápido e seguro, tanto para quem paga quanto para quem recebe.
Pagamentos contactless (sem contato)
Na hora do pagamento presencial, o cliente pode acessar sua carteira digital dentro do seu dispositivo (celular ou relógio, por exemplo) e aproximá-lo da maquininha. Caso o valor seja inferior a R$ 200, não há a necessidade de digitar senha.

Essa modalidade de pagamento está disponível em todo o País, uma vez que a grande maioria das maquininhas de cartão está habilitada para aceitar transações do tipo NFC (Near Field Communication), ou seja, pagamentos por aproximação.
Também tem se tornado cada vez mais comum o uso de biometria para acessar a carteira digital no dispositivo e autenticar pagamentos, seja por reconhecimento facial, seja por leitura da digital, o que torna a experiência de compra mais fluida e segura.
Compras em aplicativos
Outra maneira de usar a carteira digital é nas compras realizadas dentro de aplicativos de delivery e transporte, entre outros.
Essa opção é prática e segura para o consumidor, porque reduz a quantidade de processos envolvidos no pagamento, como preencher cadastros com os dados do cartão, e oferece um processo de autenticação rápido e seguro.
Compras no e-commerce
Nas compras online, é no momento do check out que o consumidor pode selecionar sua carteira digital como forma de pagamento. Em seguida, ele escolhe qual cartão deseja utilizar na transação e realiza o processo de autenticação, que pode ser por meio de senha ou biometria.
Diante desse contexto, as carteira digitais representam uma parte significativa de como as pessoas fazem pagamentos na atualidade e estão cada vez mais presentes na rotina dos brasileiros.
Eliana Saraiva, com informações da Pesquisa Global Insights da Experian