Carnaval e Samba Paulista

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Carnaval e Samba Paulista

A presença negra na antiga província – atual estado – de São Paulo se intensificou com a economia cafeeira em meados do século XIX

 

A história do carnaval em São Paulo remonta ao samba e à presença negra na cidade. Um encontro entre música, geografia e histórias coletivas de vida. Os territórios negros – ou Micro-Áfricas, expressão utilizada pelo historiador Amailton Azevedo – fundamentam o que há de melhor na cena cultural da cidade, e foram lá que surgiram os primeiros cordões carnavalescos embalados pela música negra paulista.

A presença negra na antiga província – atual estado – de São Paulo se intensificou com a economia cafeeira em meados do século XIX, ainda sob a vigência trágica do sistema escravista.

Dentre as manifestações culturais negras que se desenvolveram na região está o samba de bumbo, cuja presença se destaca na cidade de Pirapora do Bom Jesus à 55 km da capital do Estado.

Do interior para a capital, o samba paulista se desenvolveu sobretudo em territórios negros como os bairros Barra Funda, Bixiga, Glicério, Penha, Vila Matilde, Casa Verde, Limão e Brasilândia. Não coincidentemente, alguns desses bairros são redutos dos primeiros cordões carnavalescos da cidade, que posteriormente se tornariam escolas de samba. O cordão mais antigo do qual temos notícia é o Barra Funda, fundado em 1914, que deu origem a escola de Samba Camisa Verde e Branco.

Em 1930, foi fundado no Bixiga o Cordão Carnavalesco e Esportivo Vai-Vai, que posteriormente se tornaria escola de samba. Em 1937, foi fundada no Glicério a escola de samba Lavapés. Outras escolas importantes surgidas em meados do século XX foram Nenê de Vila Matilde, na zona leste, e Unidos do Peruche na zona norte.

Na exposição temporária do Museu Afro Brasil “Arqueologia Amorosa de São Paulo”, você encontrará, dentre outras coisas, um pouco da história do samba nesta cidade que completou 468 anos. Vale a pena conferir. 

FONTE:  Gabriel Rocha

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