Burnout: diagnóstico e tratamento da nova doença ocupacional

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Burnout: diagnóstico e tratamento da nova doença ocupacional

Sindrome de Bornout excessos precisam ser evitados Foto: Elisa Ventur

A síndrome é um distúrbio emocional em que a principal causa é o excesso de trabalho e os sintomas são parecidos com os de ansiedade.

A partir de 1º de janeiro de 2022, a Síndrome de Burnout passa a ser classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença ocupacional, que é adquirida pelo trabalhador em razão da sua atividade profissional.

A doença é um distúrbio emocional em que a principal causa é justamente o excesso de trabalho. Segundo dados da Secretaria Especial da Previdência e Trabalho, mais de 576 mil brasileiros foram afastados em 2020 devido a transtornos mentais e comportamentais.

“Ao invés das pessoas se limitarem, trabalharem em uma carga horária com pausas, por exemplo, elas querem sempre bater mais metas. Sendo pressionadas a isso pelo trabalho, pelo chefe, e ocorre até mesmo nos empreendedores. A pausa é muito importante, além de observar os sintomas, e entender que a gente não consegue atender todas as expectativas”, explica a biomédica Dra. Lorena Soares.

De acordo com a OMS, a síndrome é caracterizada por três dimensões:

*sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia;

*aumento do distanciamento mental do próprio trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao próprio trabalho;

*redução da eficácia profissional.

Diagnóstico e tratamento do Burnout

Com a nova classificação da OMS, o diagnóstico da Síndrome de Burnout poderá ser mais preciso. Como os sintomas são parecidos com os de uma crise de ansiedade, é necessário que o paciente observe quais são os gatilhos que os coloca nessa situação.

“O diagnóstico é feito por meio da observação de sintomas de cansaço, fadiga, esgotamento físico e mental, dor de cabeça, tontura, tremores, falta de ar, distúrbios de sono e gastrointestinais. Todos esses sintomas precisam estar relacionados ao trabalho, ao excesso e à pressão do trabalho. Então, a pessoa tem esses sintomas indo trabalhar ou próximo de executar uma tarefa, por exemplo”, esclarece Dra. Lorena.

De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento normalmente surte efeito entre um e três meses, mas pode perdurar por mais tempo, conforme cada caso. As mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, nos hábitos e estilos de vida são essenciais para reverter o quadro, além da prática regular de atividade física e exercícios de relaxamento, para aliviar o estresse e controlar os sintomas da doença.

Redação: Eliana Saraiva, com informações da EBC

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