O COPOM – Comitê de Politica Monetária Monetária do Banco Central, elevou a taxa Selic, que podemos chamar de “ a mãe dos juros”, uma vez que baliza todas as demais taxas praticadas. Esse aumento ocorre pela quinta vez consecutiva. O índice que no início do ano estava em 2% aa foi para 6,25% aa, o maior patamar desde 2019.
A iniciativa de elevar a taxa de juros tem como objetivo conter a inflação atuando basicamente em três frentes : 1. O aumento na taxa reflete nas aplicações de renda fixa e desestimula os saques a se transformarem em consumo, equilibrando a oferta/procura; 2. Pode ajudar na queda do dólar uma vez que taxas de juros atrativas estimulam investidores externos a ingressarem com a moeda americana no país; 3. quando a Selic sobe, sobem também os custos dos empréstimos, dificultando o acesso ao crédito e restringindo o consumo.
Mas vamos fazer um comparativo entre o que o cidadão ganha e quanto paga com o aumento da taxa Selic. No caso aplicações em renda fixa como poupança, CDB, LCA, LCI, debentures o que vai balizar seus rendimentos será uma taxa anual de 6,25 % ao ano. Lembrando que para fazer um bom negócio vai depender do volume aplicado e muita negociação. Agora, se por ventura o cidadão buscar recursos numa instituição financeira, além de oferecer todas as garantias exigidas vai encontrar essas taxas médias anuais : Cheque especial 137 % aa, Rotativo Cartão de Crédito 343 %, Fatura do Cartão não paga na totalidade 213% aa, Crédito Pessoal 224% aa, Crédito Consignado 22% aa, Financiamento de veículos 24% aa e Financiamento Imobiliário 7,2 % aa. Esses índices são taxas médias, podendo haver variação para cima ou para baixo dependendo da instituição.
Como fica fácil observar o segmento bancário não sabe o que significa a expressão dificuldade, com pandemia ou não, com inflação ou não sempre vai se dar bem. O Brasil não é para amadores.