A frase “Seu cabelo poderia passar alguma doença”, dito pela mulher húngara causou indignação nos passageiros do metrô, na estação Ana Rosa

No início desta semana, a cena de um ato de racismo gerou revolta e intensa mobilização na estação Ana Rosa, na Vila Mariana, zona Sul de São Paulo. No final da tarde de segunda-feira (2), a trabalhadora Welica Ribeiro, ouviu de uma passageira que estava no mesmo vagão que ela, para que se afastasse e tomasse cuidado com seu cabelo, pois “poderia passar alguma doença”. No momento do insulto racista, Jonatan, irmão de Welica, filmou a discussão dentro do vagão. A mulher foi identificada pelos policiais como Agnes Vajda, uma assistente consular do Consulado da Hungria em São Paulo, conforme divulgado em diversas emissoras de televisão.

Testemunhas próximas das passageiras, também confirmaram o insulto racista dito pela húngara. Dentro do vagão, muitos passageiros se revoltaram contra a mulher e logo no desembarque, na Estação Ana Rosa, centenas de passageiros se mobilizaram , impedindo assim a saída dos passageiros e iniciaram brados com a expressão “racista” para Vajda. Ela só conseguiu sair do metrô depois que foi escoltada pela polícia e por seguranças do transporte coletivo.

Jonatan e Welica registram boletim de ocorrência e outras testemunhas foram ao 27º DP (Distrito Policial), no Campo Belo, para prestar depoimentos. O caso seguirá para investigação pela Polícia Civil de São Paulo.

Em depoimento à imprensa, Welica disse a seguinte frase: “somos todos iguais. Somos Seres Humanos e Seres Humanos merecem Respeito”. Já Jonatan, indignado e com lágrimas nos olhos pediu por justiça, bem como clamou pelo fim, definitivamente, do racismo.

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