A ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – publicou resolução de reajuste nas bandeiras tarifarias, que é aquela cobrança extra nas contas de luz quando aumenta o custo de produção de energia. Isso ocorre normalmente nos períodos de estiagem, quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas sofrem redução. São as chamadas bandeiras amarela, vermelha patamar 1 e 2.
Os aumentos aprovados foram de 59,5% para a bandeira amarela, 63,7% para a bandeira vermelha 1, 3,2% para a 2. Em caso de acionamento do reajuste extra os valores serão respectivamente de R$ 2,98, R$ 6,50 e R$ 9,79 a cada 100 kwh consumidos.
Atualmente está em vigência a bandeira verde, isto é, sem custo adicional no consumo. Essa situação vem desde 16 de abril e deve se estender até o final do ano. A ANEL não descarta que a cobrança extra pode voltar a partir de 2023. Segundo a Agência o aumento foi necessário para inclusão de alguns novos parâmetros no cálculo dos valores.
A cobrança extra ocorre porque 65,2% da produção de energia no Brasil vem das hidrelétricas. Considerando-se as alterações climáticas cada vez mais constantes nos últimos anos, torna-se necessária a suplementação na geração de energia, usando-se principalmente as termelétricas que tem um custo de produção elevado.
A solução é o incremento de outras fontes de energia limpas como a solar e eólica. Dadas as condições climáticas favoráveis do Brasil, esses processos vem recebendo investimentos nacionais e internacionais e a expectativa é de um aumento substancial dessas fontes de energia no médio prazo.
A diminuição da dependência das hidrelétricas vai se refletir na redução do custo da energia, que é um dos pilares da economia quando falamos em infraestrutura.