Conselho Municipal do Meio Ambiente se reúne na sede da Companhia Matonense de Saneamento

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Conselho Municipal do Meio Ambiente se reúne na sede da Companhia Matonense de Saneamento

Foto: AIP

Nesta terça-feira (15) a Prefeitura de Matão, através do Conselho Municipal do Meio Ambiente (CMMA) realizou na sede da concessionária Companhia Matonense de Saneamento (CMS), uma reunião que contou com a presença de seus conselheiros. A visita técnica consistiu em conhecer como funciona o tratamento de efluentes domésticos no município (esgoto), em decorrência da aproximação do Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março (próxima semana).

“Iniciativas que trazem resolutividade para as questões de meio ambiente são sempre muito bem vindas e o tratamento da água é algo que estamos atentos, sempre acompanhando a manutenção da qualidade no município”, considerou o prefeito Cido Ferrari.

Os detalhes sobre a visita técnica de membros do CMMA à CMS

À frente do trajeto – a fim de explicar o processo de tratamento da água – por toda a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), localizada à Via Luís Gonzaga da Silva Leite, nº 200, na Pedreira, estiveram: a diretora da Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos, Maria Bellintani Ourique de Carvalho, bem como os gestores da CMS: Levi Gonçalves Bruno, supervisor de sistemas e gestor responsável pelas áreas de TI/automação e elétrica; Carlos Cadioli, engenheiro químico e Luiz Rincão, técnico químico.

Como funciona o processo de tratamento da água

O esgoto é coletado e transportado pela tubulação até a CMS. Ao chegar na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), um cesto e uma grade mecanizada retém os resíduos sólidos grosseiros, como: garrafas, plásticos, animais mortos, pedaços de madeiras e estopas, separando-os do efluente sanitário. Esse processo de “bombeamento” do esgoto é chamado de “tratamento preliminar”. Retira-se ainda os materiais finos, como areia, fios de cabelo e materiais gordurosos.

O ‘Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA), impulsiona a decomposição de microorganismos vivos, que representam uma grande parte da matéria orgânica. O que sobra, após o processo, é levado ao Aterro de Guatapará.

De acordo com Levi Gonçalves Bruno, em 2020 a CMS investiu em equipamentos tecnológicos, mais modernos, que operam automaticamente, de forma mais eficiente. “Estamos atualizando a infraestrutura elétrica e de automação, de acordo com os conceitos da indústria 4.0, o que proporciona mais agilidade e segurança na tomada de decisão, além de oferecer ao mesmo tempo eficiência energética para toda a planta”, explicou o gestor de TI.

Na segunda etapa do sistema microbiológico, as bactérias aeróbias depuram a matéria orgânica residual da fase anterior. Após a separação dos sólidos em decantadores, o índice de remoção de carga orgânica alcança percentual acima de 98.

Tal grau de eficiência está acima dos pré-requisitos da concessão e dos parâmetros exigidos pelos órgãos de meio ambiente do Estado.

A desinfecção total, que elimina microorganismos causadores de doenças, é feita via cloração, o que deixa a água cristalina, que é devolvida ao Rio São Lourenço, em condições ideais para manter os ecossistemas do rio.

O que acontece com os resíduos degradáveis?

O esgoto oriundo de vasos sanitários (fezes humanas), passa por um tratamento biológico, tornando-se gás metano, que é finalmente queimado. É tratado 100% do volume do esgoto, para uma população de 106 mil habitantes.

CMS: Fábrica de fertilizante ecologicamente correto.

A CMS produz e distribui gratuitamente o FertiClean, uma espécie de fertilizante, que funciona como um condicionador de solo classe D (adubo orgânico). O registro do produto é reconhecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com recomendação agronômica.

São cerca de 300 toneladas por mês de Biomassa, antes descartadas em aterros sanitários específicos para esse fim, que passaram a ter destinação nobre podendo ser utilizado em culturas como citros (laranja, limão), cana-de-açúcar, milho, soja, café, seringueira, eucalipto e outros pomares como goiaba, abacate, além de ser forte aliado na recuperação de áreas degradadas.

Fonte: AIP

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